terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Apple: 25 anos do Macintosh


Assinalámos com uma pequena exposição o 25.º aniversário do lançamento do Macintosh.

Com esta actividade, pretendemos evidenciar duas ideias:
1.Assinalar o papel pioneiro que esta tecnologia teve para a informática que todos nós utilizamos diariamente.
2.Salientar o valor da inovação tecnológica para a nossa vida.


Há 25 anos, a Apple apresentou o computador através de um filme publicitário em que se faz alusão ao livro "mil novecentos e oitenta e quatro" de Orwell (existe na biblioteca):
http://www.youtube.com/watch?v=OYecfV3ubP8





É importante explicar aos mais novos o mundo que eles encontraram:

http://bsn10721.web.simplesnet.pt/a%20empresa.html

http://www.clubedohardware.com.br/pagina/macintosh

http://www.clubedohardware.com.br/artigos/881/1

http://en.wikipedia.org/wiki/Macintosh

http://pt.wikipedia.org/wiki/Macintosh

http://www.macfix.com/hist.asp

http://en.wikipedia.org/wiki/Apple_Inc

http://pt.wikipedia.org/wiki/Apple_Inc

http://en.wikipedia.org/wiki/DOS

http://pt.wikipedia.org/wiki/DOS

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/492087

http://www.apple.com/pt/




WWW

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Origem das Espécies



Participámos ontem, dia 14 de Janeiro, numa apresentação de diversas actividades sobre Charles Darwin e o seu livro Origem das Espécies.
Temos a destacar a organização de uma exposição na Fundação Calouste Gulbenkian e de outras actividades interessantes.
A nossa escola receberá materiais para dar a conhecer à comunidade escolar.
Tudo isto a propósito dos 200 anos do nascimento do autor e dos 150 da publicação desse livro que veio revolucionar completamente a forma como a humanidade passou a olhar para si mesmo e para o mundo que o rodeia.
Mais informações:
Na sessão, foi-nos oferecido um livro de Janet Browne, cuja fotografia e capa do livro reproduzimos. A apresentação pode ser acedida no sítio da editora Gradiva.
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Artigo de Desidério Murcho



Público, 13 de Janeiro de 2009
Escola e mentira

Uma das mentiras políticas mais persistentes no nosso país é a ideia de que a escola não dá dinheiro: que não tem valor instrumental como produtora de riqueza. A difusão desta mentira política serve os interesses das pessoas endinheiradas e lixa as outras.
Pedro Portugal mostrou em 2004 que isto é mentira. Com base num inquérito a cerca de dez mil trabalhadores realizado pelo INE em 2003, vê-se a realidade que seria de esperar: quem tinha concluído o secundário mas não tinha uma licenciatura e estava na casa dos trinta anos ganhava em média 778 euros por mês – ao passo que os licenciados da mesma faixa etária ganhavam cerca de 400 euros a mais por mês. E a diferença aumenta com o passar dos anos: na casa dos cinquenta anos um licenciado ganhava em média quase dois mil euros, ao passo que quem tinha apenas o secundário mal passava dos mil euros – ganhando apenas 800 euros por mês se tivesse só o 9.º ano, ou seja, menos 16 mil euros por ano comparando com um licenciado.
É claro que a escola compensa, economicamente. Mas os filhos de pessoas como eu valorizam a escola em qualquer caso, porque os seus pais valorizam o estudo intrinsecamente.
Quem precisa de saber que a escola dá dinheiro para a valorizar são as pessoas economicamente desfavorecidas. A mentira política de que a escola não dá dinheiro prejudica-as gravemente, pois desperdiçam a oportunidade que têm de melhorar a sua situação. O estudante desfavorecido paga caro a sua rebeldia ignorante.
Também o país fica prejudicado; pois em vez de termos os melhores médicos, empresários ou professores, temos apenas os que não precisam de competir com os mais talentosos, que não vêm necessariamente das famílias mais ricas.
No sistema actual desperdiça-se um dos bens mais preciosos: o talento.
O João até poderia ser um empresário ou engenheiro mais talentoso do que o Josué, mas como é filho de pobre despreza o estudo – e o Josué passa-lhe à frente. E assim perdemos um profissional superlativo para ficarmos apenas com um coitadito que até se desenrasca à custa de muito marranço; mas quando a realidade se revela mais complexa do que vem nos livros, o Josué fica atarantado e limita-se a repetir que a realidade não devia ser daquela maneira porque não é isso que os livros dizem.
(Este é o discurso dos reformistas educativos: as reformas educativas não produzem resultados, mas as teorias que estão na origem dessas reformas nunca estão erradas - é o país que está errado.)
Caso as políticas educativas fossem pensadas por pessoas com sensibilidade social – em vez de pessoas que fingem que a têm – uma das prioridades seria fazer ver aos desfavorecidos a importância económica da escola. A tendência do actual governo, que se diz socialista mas não é, foi precisamente a inversa: meter os pobres no gueto do ensino profissional, vendendo-lhes a ilusão de que é isso que dá dinheiro e não a universidade. Mas quantos dos filhos dos governantes vão para esse maravilhoso ensino profissional?

Filósofo
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Ano Internacional da Astronomia 2009


O Ano Internacional da Astronomia é uma celebração da astronomia.





http://www.astronomy2009.org/

Declarado pela 62.ª Assembleia Geral da ONU, a sua coordenação está entregue à União Astronómica Internacional (IAU) em colaboração com a UNESCO - órgão da ONU responsável pela Educação, Ciência e Cultura.

Em Portugal a organização está entregue à Sociedade Portuguesa de Astronomia.
Beneficia dos apoios de:
• Fundação para a Ciência e Tecnologia,
• Agência Nacional Ciência Viva,
• Fundação Calouste Gulbenkian.

http://www.astronomia2009.org/

Ano Internacional da Astronomia 2009



Ano Internacional da Astronomia

2009

Iniciativa a nível mundial com fins pacíficos, visa promover o conhecimento da nossa origem cósmica, que é uma herança comum de toda a Humanidade.

A Astronomia é o resultado de colaborações científicas que ultrapassam todo o tipo de fronteiras, quer elas sejam geográficas, de género, de idade, cultura e raça em. Neste sentido, a Astronomia é um exemplo paradigmático de como a ciência pode contribuir para o aprofundamento de colaborações internacionais.

O objectivo é ajudar as pessoas a redescobrir o seu lugar no Universo através da observação astronómica diurna e nocturna.

Espera-se que a população em geral possa entender o impacto da Astronomia e das ciências fundamentais no seu dia-a-dia e, assim, compreender melhor como é que o conhecimento científico pode contribuir para uma sociedade mais justa e pacífica.


Em Portugal, a Astronomia tem ocupado um lugar de destaque na divulgação da Ciência junto das escolas dos ensinos Básico e Secundário e do público em geral.

Tanto os observatórios astronómicos como os centros de investigação em Astronomia e Astrofísica têm, todos eles, programas destinados ao público.
Três planetários funcionam regularmente com assinalável sucesso junto do público geral e das escolas.

Além disso, são muitos os grupos de astrónomos amadores que asseguram uma presença de actividades de observação astronómica a nível nacional.
O sucesso de programas como a Astronomia no Verão (da responsabilidade do Ciência Viva), são disto um bom exemplo.


Adaptado de:

João Fernandes - Ano Internacional da Astronomia 2009: Informação para Escolas: Comissão Nacional para o Ano Internacional de Astronomia (disponível em PDF na Internet: http://www.astronomia2009.org/documentos/AIA_info_escolas_0809.pdf)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Ano Internacional da Astronomia 2009



Poema para Galileo
por António Gedeão



Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.

Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!

Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar- que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.

Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.

Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto incessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.