quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Centenário do Manifesto Futurista


O Futurismo teve a sua expressão em Portugal através de personalidades que participaram no Modernismo. Este movimento, que agrupou uma série de autores e artistas plásticos, não foi homogéneo em termos estéticos. Como ponto de união havia neles o desejo de combater o conservadorismo através de uma ruptura: romper com as fórmulas já gastas e adoptar radicalmente novas linguagens.

De entre essas personalidades, podemos destacar três que integraram a estética futurista numa das fases da sua obra: Almada Negreiros, Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa) e Guilherme Santa-Rita (ou Santa-Rita Pintor).

A revista Orpheu acolheu as tendências inovadoras do futurismo. Álvaro de Campos/Fernando Pessoa publica a Ode Triunfal (1915) e a Ode Marítima, Mário de Sá Carneiro, a Manucure (1915), Almada Negreiros, O Manifesto Anti-Dantas (1916) e Ultimatum Futurista às Gerações Portuguezas do século XX.
Em 1917 foi publicado um único número de uma revista, "Portugal Futurista", edição essa apreendida pela polícia ainda na tipografia. Por detrás da iniciativa esteve Santa-Rita Pintor, que viria a morrer no ano seguinte e cuja obra foi quase toda destruída a seu pedido, com excepção de duas obras.

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